Seguindo-se essa vertente, os Estados Unidos já possuem o maior mercado de substitutos da carne animal, mercado este que movimenta até US$ 700 milhões ao ano. Mas há também preocupação em relação a embalagens e respeito ao meio ambiente e novos hábitos de consumo e estilo de vida a partir do contexto da pandemia estão sendo determinantes. O mercado vegano foi considerado por muitas fomentadoras de empreendedorismo, como um dos negócios mais propensos ao sucesso em 2018. Vejo um público louco por produtos e serviços e poucas opções, principalmente em cidades fora do eixo das metrópoles. Todo o produto ou serviço que traz em seu dna algo além do próprio produto, ou seja, produtos e serviços que abraçam uma causa maior, são sucesso garantido, assim mostra o mercado. Para não “se queimar” no mercado, muitas das grandes marcas optam por adiar essa inovação.
Para o professor Claudio Gonçalves, da FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), a alta do mercado vegano está diretamente atrelada a ganho de renda. Isso porque esses tipos de produtos costumam ser mais caros do que suas versões de origem animal. Desse modo, para quem tem interesse de adentrar o setor, ele recomenda planejamento e investimento.
Em comparação com a mesma pesquisa feita em 2012, esse público aumentou 6%. No mercado desde 2014 à frente da Happig, Kamila Feldenheimer acompanhou de perto a transformação do setor e a ampliação do mercado vegano. Ovolactovegetariana, ela conta que sempre teve dificuldade em encontrar alimentos práticos e gostosos para consumo próprio e, por isso, decidiu criar a empresa, na intenção de atender pessoas como ela própria. Isso porque, ao oferecer opções veganas os estabelecimentos atraem, além dos consumidores que optam por produtos que não tenham ingredientes de origem animal, seus acompanhantes – inclusive, quem consome carne. O vegano por sua vez, digamos que é mais radical, ele evita qualquer produto ou serviço que possa impactar no sofrimento animal. Sendo assim ele não consome ou usa qualquer produto de origem animal não só da alimentação, mas também da roupa, dos produtos de higiene, dos detergentes.
No entanto, nem todas fazem a manutenção da construção desse perfil, que pode sofrer alterações no ciclo de vida. “Mas é preciso considerar a venda de bebidas consumidas por essas pessoas e também os pedidos feitos por mesas mistas, onde nem todos estão consumindo itens vegetarianos ou veganos. Porque acreditamos que, sem essas opções, um grupo misto talvez procurasse outro lugar para comer e aí perderíamos a venda completa. Assim, acreditamos que, indiretamente, gire entre 15% a 20%”, calcula. A criação foi desenvolvida por um hub de inovação da empresa focado em meatless e precisou de dois anos de estudos para ficar pronta.
Denominação De Produtos Veganos
Trata-se da Super Vegan, fábrica de chocolates de Santos que vende cerca de 750 quilos mensalmente, atende o país todo através do seu e-commerce e possui pontos de venda em 32 cidades. Separar um tempo para cozinhar em casa é uma das maneiras mais eficientes de reduzir os custos (e isso serve para onívoros também). Pesquisar não só as opções de alimentos em si, mas também os locais onde eles podem ser encontrados pode ajudar muito na hora presente vegano de manter as compras dentro dos limites do seu orçamento. Assim como concluímos com esta pesquisa, diversas listas comparativas Internet afora também demonstram que não, ser vegano não é mais caro. A bióloga conta que é apaixonada por brechós, que também são uma ótima opção para quem quer consumir de forma mais sustentável. Para ela, uma das coisas que mais gosta no veganismo é o fato de que ele amplia as possibilidades de se alimentar.
Cenário Do Mercado Vegano No Brasil
Falta da vitamina B12, de ferro e cálcio, entre outras carências comuns aos veganos, é um dos pontos questionados por médicos. Não dá para sair fazendo a nova dieta, sem consultar um nutricionista que vai avaliar cuidados necessários – e suplementos – de acordo com a faixa etária e as características individuais. Nessa linha, mudanças gradativas, como a Segunda sem Carne, são alternativas que vêm sendo cada vez mais adotadas. O veganismo, como eu comentei, é um modo de viver que prega pensamentos contra a exploração animal de todas as formas possíveis.
Como Escolher A Embalagem Ideal Para Seus Produtos? Confira As Vantagens De Fazer Uma Boa Escolha
Logo, em apenas cinco anos, houve um crescimento de 40% deste mercado. Além da Mr. Veggie, há o exemplo da Natural Sciencie, em que a marca criou uma linha de suplementos à base da proteína do arroz e ervilha. Isso ocorreu justamente após comprar por R$ 35 mil uma empresa que empregava proteínas animais em sua produção. Sendo que se estima que 60% da clientela atingida seja de consumidores de carne em busca de alternativas mais saudáveis.
Martha e uma grande parcela de veganos comprovam que para adotar ao estilo de vida não é preciso ser rico. “Só é caro ser vegano se você viver de industrializados. Além disso, arroz, feijão e salada são mais baratos que arroz, feijão, salada e carne”, argumenta. Para as gerações mais novas, entretanto, o apelo para abraçar a filosofia vegana não é a saúde alimentar. O veganismo ganha força porque carrega ideais de proteção ambiental e respeito aos animais.
“Sempre que criamos pratos, menus ou sanduíches especiais, as versões vegetarianas e veganas são incluídas também. Demanda um pouco mais de atenção para cada um, para pensar como será cada adaptação, mas queremos fugir de alternativas fáceis e muitas vezes não tão saborosas. A ideia é que todos possam comer nossa comida feita com todo cuidado e carinho, independentemente da escolha alimentar”, pontua. Parte desse público, segundo ele, são os milhões de adeptos do movimento Segunda Sem Carne, que estimula as pessoas a, pelo menos uma vez na semana, trocar a proteína animal pela proteína vegetal. Um levantamento realizado em 2018 pelo Ibope Inteligência a pedido da Sociedade Vegetariana Brasileira identificou que 14% dos brasileiros se declaravam vegetarianos – número que, na época, correspondia a 30 milhões de pessoas.